57. Barão Vermelho: “A Chave Da Porta Da Frente”

No último disco de carreira com Frejat (Barão Vermelho, de 2004), o Barão Vermelho apresentou “A Chave Da Porta Da Frente”, um bom rock dançante, com alguma latinidade e letra de Leoni – que deixa lá suas aliterações, ao mesmo tempo em que procura se aproximar do universo lírico do Barão, desde Cazuza, sempre tratando de noites, vertigens e sexo, sem rodeios ou insinuações (e, nesse sentido, acho interessante a menção às “migalhas”, como que remetendo às “raspas e restos” de “Maior Abandonado”). Em 2019, a banda, já com outro frontman (Rodrigo Suricato), preparou um EP em que “A Chave Da Porta Da Frente” reaparece em 8 diferentes releituras. Há remixes mais ou menos dançantes (e a versão funky é, de longe, o experimento mais interessante) e, claro, uma versão instrumental, em que sobressai a percussão do falecido Peninha. É o nosso tema de hoje.