13. Sebastião Biano: “Samba Moderno”

Último remanecente entre os fundadores da Banda de Pífanos de Caruaru (criada em 1924), Sebastião Biano morreu em 2022, aos 103 anos. Mas seu primeiro álbum solo foi lançado apenas em 2014, pelo Selo Sesc: trata-se de Sebastião Biano e seu terno esquenta muié. São 18 faixas que, entre seus atrativos, trazem diversos depoimentos do lendário tocador de pífano, numa abordagem que lembra aquela do programa Ensaio, ou seja, não ouvimos as perguntas do entrevistador, somente as respostas do entrevistado. Assim, Sebastião fala sobre sua infância pobre, em meio à seca e à fome, conta causos envolvendo festas, novenas e onças, narra seu encontro com Lampião, relembra como foi introduzido ao pífano pelo seu pai, além de explicar a gênese de algumas de suas composições – entre elas, uma que será tema deste blog, daqui a algumas semanas. Acompanham o músico quatro jovens instrumentistas, Renata Marques (baixo), Eder “O” Rocha (percussão e zumbateria), Junior Kaboclo (pífano) e Filpo Ribeiro (rabeca, viola e marimbau). Ainda, há participações de Naná Vasconcelos (no fundo percussivo da misteriosa “Alvorada Três Pancadas”) e do produtor do álbum, André Magalhães, no discreto piano que embala alguns depoimentos. E como tema de hoje, seleciono “Samba Moderno”, um samba de matuto espertíssimo, composto apenas por Sebastião (como, aliás, todo o álbum).

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