37. Bruno Moscatiello: “Horizontes”

Kaoll é o nome do projeto elaborado pelo guitarrista Bruno Moscatiello, com a proposta de apresentar (como se fosse possível, nesse caso, usar rótulos) um jazz-rock psicodélico, cuja instrumentação faz questão de colocar as guitarras em primeiro plano. Nesse disco de estreia, Kaoll 04 (2008), Bruno conduz dez temas instrumentais variados, em forma e conteúdo. Assim, se o início do álbum traz “Khan El Kalili”, faixa quase progressiva, com mais de seis minutos de duração e uma estrutura (aparentemente) planejada, “Aquilo Com Aquiloutro” é uma vinheta que, iniciada com sons ambientes, descamba para um rápido improviso guitarreiro – de certa forma, continuando o que é proposto na faixa anterior, “Topázio”, que não é uma vinheta. Já “Horizontes”, meio floydiana, quando parece que irá engrenar, com seus lindos solos distorcidos… acaba abruptamente, na exata marca de um minuto. Os experimentos com pedaleiras e efeitos diversos são uma constante no disco, exacerbando-se em “Flutuante” (pitch), “Espasmos” (delay) e na viagem de “Psicopatias Agudas” (wah-wah). Já como tema de hoje, escolho o encerramento de Kaoll 04, “Horizontes”, outra faixa “de banda”, que soa como um blues psicodélico, remetendo tanto a Hendrix como ao The Doors, e trazendo a participação do célebre (e agora saudoso) guitarrrista Lanny Gordin – que, aliás, é homenageado em outra faixa, simples e propriamente intitulada “Tema Para Lanny”.

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