81. Arrigo Barnabé: “Canção Dos Pirilampos”

Em 2014, Arrigo Barnabé recriou seu clássico álbum de estreia, Clara Crocodilo (1980), extraindo dele o cerne: a Suíte claras e crocodilos, gerando o que pode ser considerado um EP, com apenas cinco faixas e cerca de 25 minutos de duração. Na renovada banda de que se cercou, estão as “Claras” (a saxofonista Joana Queiroz, a clarinetista Maria Beraldo Bastos, a baixista Ana Karina Sebastião e a baterista Mariá Portugal, sendo que as três últimas compuseram, com Arrigo, O Neurótico e as Histéricas, conjunto criado no ano anterior para homenagear Hermelino Neder) e os “Crocodilos” (os veteranos Paulo Braga no piano e Mário Manga na guitarra). Na Suíte, os arranjos foram atualizados, reforçando seu caráter jazzístico, e as canções receberam novos títulos (por exemplo, “Infortúnio” virou “Maridinho Adorado”). A faixa de encerramento é a “Canção Dos Pirilampos”, que, na verdade, não é uma canção, e sim a única obra instrumental do disco – e, portanto, nosso tema de hoje – , que não constava no LP de 1980. Como de praxe, trata-se de uma peça inspirada no dodecafonismo que tornou Arrigo célebre há mais de 40 anos. Interessantemente, “Canção Dos Pirilampos” forma uma dupla com “Canção Dos Vagalumes”, também de Arrigo, e lançada por Tetê Espíndola num compacto em 1981, depois incluída em seu também clássico Pássaros na garganta (1982):

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